Não é a toa que o diretor do Comitê Olímpico Internacional
de 1992 falou que as olimpíadas de Barcelona haviam sido as melhores até o
momento. Todos concordam que a cerimônia de abertura foi perfeita. Não teve
nenhum incidente, e o modo como finalizaram, acendendo a tocha, foi muito
impressionante e criativo, independente de a flecha ter entrado ou não. Afinal,
na hora, todos acreditaram, e é isso que importa, não? E o clima de festa que
foi mantido durante toda a duração das olimpíadas, a infraestrutura, a falta de
acidentes, tudo!
E pros brasileiros? Não que o Brasil tenha ficado em
primeiro lugar nem nada do tipo, mas finalmente, depois de muito tempo, o
Brasil voltou a conquistar mais de uma medalha olímpica nas mesmas olimpíadas,
e pela primeira vez, ganhou uma medalha em um esporte coletivo: o Vôlei. A
geração dourada de vôlei do Brasil, com certeza surpreendeu, afinal, estava se
preparando para ganhar só em 1996!
Agora, se você gosta de basquete, então aquelas foram as
olimpíadas de ouro pra você. Enquanto o Brasil tinha a geração de ouro no
Vôlei, os norte-americanos tinham o time dos sonhos do basquete, com a
participação muito especial de um jogador que valia por dois: Ervin “Magic”
Johnson.
Esse jogador tinha uma missão bem clara: limpar o nome do basquete
norte-americano, depois do fracasso das olimpíadas de Seul. Se a seleção de
vôlei do Brasil saiu não só vitoriosa, como invicta, a de basquete dos EUA, nem
se comenta! Não só não perderam nenhum jogo, como também no jogo mais difícil
para eles, eles vencera com uma vantagem de apenas 32 pontos!
Todos temos que reconhecer que o Magic Johnson tinha as duas
qualidades, na minha opinião, mais importantes para quem deseja ser um bom
jogador em qualquer esporte: talento e garra. Talento, e não só altura. Ele
podia jogar em qualquer posição que o colocassem, era como um coringa, quase!
Na defesa, desarmava qualquer jogada, no ataque, convertia qualquer lance em um
lance de três pontos.
Quanto a garra, eu me refiro ao fato de que ele já tinha
deixado a carreira de lado em 1990, por conta de ser HIV positivo, mas mesmo
assim, voltou em 1992 exclusivamente para jogar nas olimpíadas, representar seu
país e levá-lo para a vitória. E temos que concordar que ele cumpriu com o seu
dever mais do que bem. Pena que a medalha de ouro que o basquete
norte-americano levou foi o suficiente para passar na frente da CEI na
classificação final!